Aconteceu o que todo mundo esperava: o Alto Comando do Exército arquivou o processo disciplinar contra o general Eduardo Pazuello, que participou de um comício político do presidente Jair Bolsonaro, ferindo o Estatuto Militar.
Para especialistas, a decisão é uma desmoralização do general Paulo Sérgio de Oliveira, comandante-geral do Exército, e da própria Força, pois mostra que prevaleceu a posição de Bolsonaro. A partir de agora, está aberta a politicagem dentro dos quartéis, um caminho para a anarquia. Os comandantes das Forças Armadas perderam o controle.
“O general Paulo Sérgio jogou por terra todo o esforço que vinha sendo feito pelo antecessor dele, general Edson Pujol, que mantinha a política fora dos muros dos quartéis”, diz um general da reserva, crítico do governo. “Ficou claro que o comandante do Exército não teve coragem de se opor a Bolsonaro”, acrescentou.
Para outro ex-integrante das Forças Armadas, a posição do Exército reflete, também, o que pensa o ministro da Defesa, general Braga Netto, totalmente fechado com a reeleição de Bolsonaro. “Os militares que estão no poder não admitem a possibilidade de perderem os cargos se Bolsonaro não se reeleger em 2022. Então, faram tudo o que o presidente ‘MILICIANO, TRAÍDOR DA PÁTRIA, GENOCIDA’ quiser e lutarão para impedir a volta do PT ao poder”, assinala.
‘A anarquia chegou ao Exército. Bolsonaro caminha para o golpe de Estado. Bolsonaro tem como principal objetivo constranger a CPI e impedir que Pazuello seja devidamente inquirido, julgado e preso por corrupção e genocídio ‘.
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