A debandada de católicos para religiões evangélicas nos trás uma nova vertente: o radicalismo e a fúria se aproximando sorrateiramente.
Lideranças como Rachel Sheherazade se aproveitam do seu fácil acesso à mídia para incitar ao ódio contra tudo que não pertença aos valores por eles aspirados, porém jamais praticados.
Virou rotina encontrar desequilibrados pulando e gritando com a mão sobre a bíblia em praças e no transporte público das grandes cidades, muitas vezes até com megafone. Berram em nossos ouvidos. No início eram recebidos com objeção por alguns condutores ou passageiros, que, no seu direito, almejavam apenas retornar tranquilamente para suas casas após mais um cansativo dia de trabalho, mas os insanos da fé já descobriram algumas táticas para quebrar a resistência dos passageiros, abrandando a situação na qual é cada vez menor o número de opositores que, na maioria das vezes, não sabem como agir e maior o de simpatizantes que, em conluio, consideram que vale tudo em nome de Jesus.
A Idade das Trevas já ressurgiu para a Fabiane Maria de Jesus, para James Foley Wright, para Haruna Yukawa, para cada os chargistas do Charlie Hebdo, para as crianças estupradas em igrejas, para ateus sumariamente executados, para mulheres apedrejadas ou estupradas coletivamente, para gays enforcados ou queimados vivos, para cada uma das vítimas de ataques suicidas e para todos mais atentos que ainda estão por aqui.
Al-Qaeda, Boko Haram, Hamas, Estado Islâmico, Talibã, Al Shabab, Lashkar-e-Taiba, Hezbollah, Vaticano, Bancada Evangélica, …
Nada está tão ruim que não possa piorar.
Grace Romero