A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decretará o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos na cidade. O comitê de enfrentamento à pandemia formalizou a orientação à prefeitura em reunião na manhã desta quinta-feira (3).
O infectologista Unaí Tupinambás, membro do comitê, reforça que a medida vale somente para locais abertos, como as vias públicas da capital. “No Mineirão, por exemplo, o uso de máscara ainda é obrigatório, mesmo que a gente veja que torcedores não a utilizam. Nos ônibus, também continua obrigatório”, pontua. A reportagem questionou a prefeitura se o decreto com a mudança será publicado ainda hoje e aguarda retorno. Por enquanto, a utilização de máscara é obrigatória mesmo nos espaços abertos, sustentada pela Lei Municipal 11.244, de 2020.
A discussão do comitê sobre o tema já havia sido adiantada nessa quarta-feira (2) por O TEMPOe segue na esteira de outras cidades brasileiras. No Distrito Federal, as máscaras não serão mais obrigatórios em locais abertos a partir de segunda-feira (7) e o Rio de Janeiro também decidirá sobre o tema na próxima semana. O Estado de Santa Catarina foi além e já não obriga que crianças de 6 a 12 anos utilizem o item de segurança em sala de aula. Desde a última semana, o Rio Grande do Sul também dispensou o uso obrigatório para as crianças de 6 a 12 anos em qualquer ambiente.
Em BH, não se cogita, por ora, flexibilizar o uso de máscara em ambientes fechados, que são mais propícios à transmissão da Covid-19 e de outras infecções respiratórias. “A flexibilização da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambiente aberto sem aglomerações é possível. Porém, em ambiente fechado, ainda é muito precoce. A ocupação de leitos está baixa, mas a incidência, a mortalidade e letalidade da doença ainda estão muito altas. Portanto, estamos ainda num momento que temos que ser cautelosos com as medidas de flexibilização”, enfatiza o infectologista Carlos Starling, também membro do comitê que assessora a PBH.