Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou o aspartame, adoçante artificial adicionado em refrigerantes, como ‘possivelmente cancerígeno para ser humanos’. A notícia abriu caminho para um importante debate sobre saúde e ensejou a questão: existe uma quantidade considerada segura para o consumo da bebida gaseificada?
A resposta, aparentemente, é sim. Isso porque, de acordo com especialistas, o aspartame representa risco apenas para pessoas que bebem refrigerante em quantidade excessiva.
Aspartame: qual a quantidade segura?
Usado desde a década de 1980 em diversos produtos – como por exemplo a Coca-Cola Zero – o aspartame substitui o açúcar, emprestando sabor doce aos alimentos e bebidas.
Segundo especialistas, o limite seguro está fixado em 40 mg por kg de peso corporal por dia. Ou seja, um adulto de 70kg precisaria consumir 14 latas de um refrigerante diet ou zero, que contém 200mg de aspartame, para exceder o limite considerado adequado.
Aspartame e o câncer de fígado
A declaração de que o aspartame é um possível carcinógeno foi feita pela IARC, ou Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. A decisão foi baseada em evidências limitadas coletadas nas últimas duas décadas de que pode causar carcinoma hepatocelular – um tipo de câncer de fígado.
O painel da IARC avaliou o risco como 2B, o que significa que há evidências limitadas, mas não convincentes. Então, coube a dois comitês bater o martelo.
Os especialistas concluíram que não há evidências convincentes de que o aspartame possa causar câncer se consumido dentro dos limites já estabelecidos pela OMS.