Ontem, no plenário da Câmara, tivemos um debate acirrado e elevado, em torno de pontos de vista, com razoável atenção da sociedade (apesar do acesso restrito àsgalerias). Isso só engrandece o Parlamento.
Hoje, o foco da REDUÇÃO é outro: trata-se da redução da democracia parlamentar, onde a maioria não aceita perder. Como aconteceu na PEC do financiamento empresarial de partidos e campanhas, quem perde à noite recompõe sua ‘tropa’ na madrugada e inventa, ao arrepio do Regimento, um 2º round da votação. Apresentam uma ‘emenda aglutinativa’ que nada aglutina, mera repetição da derrotada. Prática vergonhosa, ilegal, que jamais aconteceu aqui na Câmara dos Deputados.
Aqui parece não haver líderes partidários aliados a Cunha e sim ‘funcionários’ de alguém que tem vontade imperial. Eles se articulam e, através de manobras, impõem a sua vontade.
A violência, o estupro, a agressão de hoje, aqui, que denunciamos e repudiamos, é outra: aos princípios democráticos, às regras mínimas que regem a ‘Casa do Povo’.
Hoje, primeiro dia de julho, o Parlamento brasileiro, mais que espaço de debates, é lugar de manobras – e lamento.
Diremos NÃO!
por Chico Alencar