A Polícia Civil indiciou o prefeito e a vice-prefeita de Tapira, no Alto Paranaíba, além de três servidores da prefeitura e três funcionários de um posto de gasolina por organização criminosa, desvio de recursos públicos e de fraudes em licitações. Os crimes teriam resultado em um prejuízo de R$ 881 mil aos cofres públicos do município entre os anos de 2013 e 2015. A delegada Karen Lopes, responsável pelo caso, ainda pediu a prisão dos envolvidos e o afastamento dos chefes do Executivo local, Lavater Pontes Júnior e Mirian Magda de Melo.
A investigação faz parte da operação Catagênese, deflagrada no início do ano pela corporação e pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), a partir de um relatório da Secretaria de Estado da Fazenda, que apontou o desvio de recursos públicos com a venda de combustíveis para abastecimento da frota de 19 prefeituras, incluindo a de Tapira. Os valores podem chegar a R$ 20 milhões. Além de licitações fraudulentas, a suspeita é a de que há pagamentos em duplicidade e por abastecimentos fictícios em veículos oficiais com quantidade acima da capacidade dos tanques.
No caso de Tapira, o agravante é que o posto de combustíveis está em nome da mãe da vice-prefeita. Além do prefeito e da vice, foram indiciados os servidores municipais Alessandra Aparecida de Rezende Barcelos e Aguinaldo Antônio Gonçalves. Outro servidor público, José Brunelli Filho e os funcionários do posto, Marcia Natalia de Melo, Catia Murça Barbosa Borges e Jaciara Aparecida Marques Lima, estão indiciados pelos crimes de desvio de recursos públicos e de integração em organização criminosa.