Aécio Neves anda calado e agora é que vai ficar mudo
A Folha publicou parte do conteúdo da delação do empresário Léo Pinheiro, da OAS. na qual ele conta que Aécio Neves recebia 3% dos valores da obra de construção do Centro Administrativo de Minas Gerais, nova sede do governo mineiro, erguida ao custo de R$ 1,26 milhão.
Pinheiro diz ter documentos provando que Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas (CODEMIG) e arrecadador das campanhas eleitorais de Aécio.
Oswaldinho, contraparente de Aécio, controlava a obra e, segundo Pinheiro, era o arrecadador de Neves.
A Folha estima que, dos R$102 milhões que corresponderam à parte da OAS na obra, Aécio ficou com R$ 3 milhões. Falta saber se no mais de R$ 1 bilhão restante, pagos à Odebrecht e Queiroz Galvão, o esquema era igual. Oswaldinho a parece na tal lista de “operações estruturadas” da Odebrecht.
Aécio, claro, diz que desconhece as acusações, embora as chame de “falsas e absurdas”.
A propósito: Aécio, agora diretamente acusado de apanhar dinheiro em uma obra e, ao que parece, com documentos para provar, é um dos varões da República que vai julgar e afastar do Governo Dilma Rousseff, sobre quem não pesa nenhuma acusação de corrupção.