Aconteceu nesta tarde (17/5), na Câmara Municipal, o Fórum Comunitário proposto pela vereadora Fernanda Castelha (PSL) para discutir a situação de animais em maus tratos e abandono de Araxá. No fórum foram colocadas questões sobre como proceder em casos de abandono, onde fazer denúncias de maus tratos, inauguração do canil municipal, entre outros questionamentos.
Contamos com a presença de autoridades de vários setores relacionados ao assunto. A veterinária Flávia Rios do setor de Zoonoses, a procuradora da Prefeitura Municipal Cidinha Rios, Sargento Ricardo da Polícia Ambiental, Sargento Henrique do Corpo de Bombeiros, o engenheiro responsável pela construção do canil Vicente Martins, os protetores de animais Sérgio Franco, Ésio Nunes e Luciana Pereira, vereadores, imprensa e comunidade.
Nas palavras de Flávia Rios, a inauguração do canil ainda levará cerca de 90 dias pra acontecer. A capacidade do canil que, informada anteriormente, seria de 700 animais no ambiente, foi questionada pela vereadora Fernanda e protetores que estavam presentes. Segundo Flávia, o canil não servirá de abrigo permanente desses animais, sendo eles cuidados de acordo com a necessidade de cada um, castrados, microchipados e colocados pra adoção responsável. O atual canil se encontra interditado pra recolhimento de animais.
Sobre o projeto de castração municipal, informaram que o processo está em andamento aguardando alguns pareceres com clínicas veterinárias parceiras. Esse projeto, que aconteceu no ano passado, virá para dar oportunidade à comunidade carente de esterilizarem seus animais, cães ou gatos, evitando um maior número de abandono e morte por atropelamento ou doenças variadas.
No caso de maus tratos, a polícia ambiental orientou que se faça um boletim de ocorrência relatando o fato que será averiguado em seguida e, constatando o crime, o tutor será conduzido à delegacia de polícia. Informaram o telefone 181 (disk denúncia) para a necessidade de denúncias anônimas.
O vereador Robson Magela reforçou a necessidade de punição efetiva, através dos cumprimentos das leis, na ocorrência de crimes contra os animais, pois, normalmente, o tutor não paga pelo crime. Também cobrou que os órgãos responsáveis e o poder público municipal cumpram com seu papel devido respondendo às necessidades da comunidade. Ressaltou a importância dos protetores voluntários que realizam um trabalho essencial, que se dedicam a proporcionar uma melhor condição de vida a tantos animais em sofrimento, por maiores que sejam as dificuldades.
Foi levantado, pelo vereador Ceará, o questionamento sobre a construção de um cemitério pra onde possam ser levados os corpos dos animais em óbito. Esses corpos não podem, simplesmente, serem jogados em terrenos baldios, caçambas ou aterro sanitário. A proliferação de vírus e bactérias pode comprometer seriamente a saúde humana, exigindo assim que se tenha um local adequado, com proteção de solo e lençol freático, onde os animais possam ser enterrados. Já existe uma lei municipal, que foi aprovada em 2015, sobre esse projeto.
Protetores se manifestaram cobrando ações e resultados, demonstrando a dificuldade que vivem por serem responsáveis por um grande número de cães sem colaboração efetiva do poder público. Pediram mais conscientização da comunidade pra que se evite a procriação através da castração e, consequentemente, diminua o número do abandono, de doenças e mortes de tantas vidas inocentes.