Mais de um milhão de brasileiros se encaixam, é obrigatório repensar qual o papel do estado por parte disto. Percebe-se que, segundo o Art. 6º da Constituição Brasileira:” São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade , à infância e a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” e o Artigo 21 da Declaração Universal dos direitos Humanos ”Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.”Obtendo consciência de todos os deveres do estado com relação ao cidadão e vice-versa constata-se que além das condições sociais precárias já percebidas, os aspectos jurídicos e políticos inexistem para essas pessoas. Portanto quem vota, tem casa meus senhores e rua não é casa, rua é rua e morador de rua para os desumanos não é cidadão.
Negar ao homem o direito de exercer sua humanidade é transferi-lo para a condição animal, aonde o mesmo luta pelo presente, não acredita no futuro e muito menos faz planos para ele. Resgatar a cidadania de um homem é entender a espécie humana, seus anseios, suas fraquezas e idealizar uma solução, a mesma que se tornará uma politica publica. Isto é, a única arma que une todos os mecanismos necessários para que o ciclo social aconteça, neste caso tirando a invisibilidade dos moradores de rua perante os outros cidadãos, devolvendo-os para a sociedade fazendo com que seus direitos e deveres possam ser cumpridos de forma digna, reinserindo-os nas condições dignas de sobrevivência fazendo que o instinto animal apurado pelas situações de risco das ruas se torne um passado.
Fonte: Revista Nova Escola