O número de barragens e pilhas de estéril construídas de forma irregular no Estado aumentou 15 vezes nos últimos cinco anos. Só nos sete primeiros meses deste ano já ocorreram 165 casos, apenas sete a menos do que o registrado em todo ano passado.
Em Araxá, a nossa reportagem flagrou a mineradora Mosaic construindo de forma criminosa um barramento, que assemelha muito há barragem de lama ou água a menos de 1 km do Grande Hotel, conforme o vídeo abaixo.
QUAL OBJETIVO DESSE BARRAMENTO?
A Mosaic fez um barramento de estrutura bastante precária sem obedecer qualquer conhecimento técnico, o talude do barramento não possui nenhuma proteção em sua encosta, pois é visível o assoreamento causado pela chuva que está carregando uma grande quantidade de sedimentos para o leito do córrego que se encontra no vale. Num primeiro olhar, nota-se que o barramento foi feito se nenhum tipo de engenharia ou dado técnico, não há trabalho de compactação do aterro, é visivelmente uma pilha de terra em cima do solo do vale, isso, em um curto espaço de tempo, seja água ou lama, causará liquefação do aterro e rompimento desse barramento, que tem a poucos metros de distância, o Grande Hotel.
No mínimo, o volume acumulado de lama do barramento deverá reter 5 milhões de metros cúbicos de água ou lama, isso é quase o tamanho da barragem de Feijão da Vale, que rompeu em Brumadinho. O tipo de barramento é de alteamento a montante, modelo proibido pelos órgãos ambientais do país. O colapso desse barramento caso entre em funcionamento, e já está retendo água, atingirá o Grande Hotel de Araxá em poucos segundos, pois a velocidade da água ou da lama atinge até 80 km/h, como foi visto na mina Córrego do Feijão em Brumadinho.
O jornal A Voz de Araxá cobra dos órgãos fiscalizadores que esse tipo barramento ou barragem seja embargada e que o fechamento de mina, com todas as especificidades de reflorestamento com as espécies nativas, seja realizado na área.
Olhe o quanto o perigo está perto:
Jornal A Voz de Araxá – Jornal do Povo!