O projeto de lei de autoria do poder executivo foi votado e aprovado pela Câmara Municipal de Araxá na penúltima sessão ordinária de 2024.
O Projeto de Lei 87/2024 autoriza a alienação de bens imóveis de propriedade do Município de Araxá, incluindo o Hotel Colombo. A iniciativa permitirá colocar em leilão o complexo, que tem gerado obrigações financeiras para a Prefeitura, transferindo a gestão e revitalização do espaço à iniciativa privada. Como o prédio já é tombado pelo patrimônio histórico, a fachada não poderá sofrer grandes alterações, e uma revitalização poderá atender à demanda reprimida do setor de hotelaria da cidade. De acordo com informações os trâmites legais para o leilão deverão ser alinhados no primeiro semestre de 2025.
Localizado no Parque do Barreiro, o Hotel Colombo foi desativado no ano de 2012, após mais de 80 anos operando no setor de hotelaria em Araxá. O prédio antigo construído em 1929, foi vendido na época para a Prefeitura de Araxá, na administração do então prefeito Jeová Moreira da Costa e custou aos cofres públicos, cerca de R$ 3 milhões e a intenção do gestor do executivo local era desenvolver um novo projeto estrutural naquele espaço para abrigar uma faculdade de turismo e gastronomia, no entanto o empreendimento não foi executado.
O local chegou a abrigar a sede administrativa da prefeitura e algumas secretarias, entre 2012 e 2013. No mês de novembro de 2015, já abandonado, um incêndio destruiu parte da estrutura e mobilha. A partir daí o local virou refugio de vândalos e teve toda a estrutura hidráulica e elétrica roubada. Hoje o prédio está em ruinas e tomado pelo mato, sujeira e bichos.
De acordo com a Prefeitura de Araxá, o Hotel Colombo e a capela de Jesus Crucificado foram adquiridos pela administração do ex-prefeito Jeová Moreira da Costa, através de desapropriação, pelo valor de aproximadamente R$ 3 milhões. Parte do pagamento foi feito na época, porém uma dívida de cerca de R$ 1,29 milhão permaneceu em aberto. Essa dívida foi contestada judicialmente, e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reconheceu o direito dos proprietários de receber aproximadamente R$ 2,6 milhões em valores atualizados. Um precatório foi emitido pelo Tribunal para o Município de Araxá, mas ainda não há uma data definida para o pagamento. Ao final, o hotel, abandonado, custou R$ 4,3 milhões aos cofres públicos da cidade.