Puxa-saco, popularmente conhecido como babão, Bajulador, lambe botas, significa a pessoa que vive elogiando POLÍTICOS E AUTORIDADES, que ocupam posição de poder, com o intuito de obter algum benefício ou privilégio, seja um elogio, um minuto de fama, uma promoção, aumento de salário, a garantia de seu emprego e, até mesmo, uma simples “auto publicidade” para sustentar um falso status e, assim, atingir seus objetivos.
Chamados também de baba-ovo, cheira-cheira, ou qualquer outro nome que se queira dar, o bajulador é aquela pessoa que conserva o incontrolável hábito de não medir esforços para agradar alguém, de preferência superior na hierarquia. Seu vício é pior que a droga, é capaz de prejudicar até a mãe para mostrar serviço. Os danos em alguns casos são irreparáveis.
Na gestão pública o fato é tão preocupante, que seguidas vezes, os gestores têm errado por conta de se deixar influenciar pela ação de puxa-saco, que via de regra, despreparados, buscam nesta vergonhosa ação, aproximar-se ainda mais do poder, eliminar concorrentes ou eventuais ameaças e assim sendo se firmarem em suas posições ou cargos, pois não tem capacidade para conseguir algo melhor.
Para o puxa-saco vale tudo, o que importa é agradar o POLÍTICO. Alguns conseguem se sobressair de tal forma que viram até mesmo autoridade. Outros são tão apelativos que quase sempre deixam seus superiores em situação comprometedora ou constrangedora. O preocupante é que o puxa-saco na ânsia de ganhar a estima e atenção do chefe acaba prejudicando seus companheiros de trabalho.
Por causa do puxa-saco, são incontáveis os registros de pessoas perseguidas na administração pública. Na grande maioria das vezes, as vítimas “julgadas e condenadas” sem direito a defesa, não sabem por que foram exoneradas, demitidas ou execradas daquele grupo, e quando sabem, não conseguem ter acesso para expor sua versão a respeito dos fatos.
Como reconhecer?
É preciso então atenção redobrada para diagnosticar prematuramente um vírus desta estirpe. Um puxa-saco profissional pode ser detectado à distância. Suas características principais são: balançar a cabeça como lagartixa; o excessivo derramamento de elogios, sugestões (mesmo descabidas); sorrisos sem graça, defesa sem ataque e ataque sem motivo, podendo ainda, em situações de contrariedade, tornar-se agressivo na defesa de seus chefes.
A figura do puxa-saco não é um vírus exclusivo do Executivo. O maldito tem uma carreira mais rápida no âmbito da área política. Inventam até pareceres ou normas, que via de regra não passa mesmo de quem quer vender uma imagem de austeridade, competência e zelo pela coisa pública. Tudo balela, geralmente são amadores, querendo “vender” sabedoria, mas infelizmente, tem quem “compre”.
O que muitos desconhecem é que além das questões relacionadas à calúnia e difamação, a fofoca no âmbito institucional, deve ainda ser considerada como uma ocorrência de assédio moral.