Em janeiro de 2010, o governo de Hugo Chávez tirou do ar na madrugada de um domingo seis canais de TV a cabo da RCTV, a mais importante rede televisiva venezuelana, por conflito aberto com o novo regime. Nove anos depois, o governo de direita no Brasil ameaça fazer o mesmo com a Rede Globo, maior conglomerado de TV da América do Sul.
Alvo de críticas pela mídia, Jair Bolsonaro disse prever o “fim da imprensa”. “Estamos em uma nova era. Assim como acabou no passado o datilógrafo, a imprensa está acabando também”, disse o ditador Bolsonaro. Vale lembrar que o autoritário Bolsonaro persegue qualquer meio de comunicação que seja contra o desastroso projeto do seu desgoverno.
Bolsonaro aposta na imprensa marrom e imoral, como a Rede Record e SBT, que lucram milhões de reais dos cofres públicos. A Record, ligada ao maior trambiqueiro religioso, que responde a vários processos como, por exemplo, estelionato e lavagem de dinheiro. A emissora STB tem um idoso imoral, que pergunta ao vivo para uma criança se ele prefere dinheiro ou SEXO.
Bolsonaro e Maduro
No caso da Venezuela, o pretexto foi o desrespeito às regras das telecomunicações gerando protestos, mas até hoje não as emissoras não funcionam. Só que, na prática, a RCTV foi fechada porque não fazia jornalismo, e sim oposição aberta a Hugo Chávez.
O entendimento do presidente brasileiro ameaça a Rede Globo, a postura jornalística da Globo no trato da Venezuela, bem como a grande contribuição para o crescimento do antipetismo, endossando pautas neoliberais compatíveis com o plano de governo do atual presidente, nos mostra que a emissora está colhendo o que plantou.
É esta realidade, que por mais absurda que possa ser em pleno século XXI, está perigando acontecer no Brasil diante de ameaça à Rede Globo de Televisão exposta no domingo, 27, pelo presidente Jair Bolsonaro direto da Arábia Saudita.
Não há na história das telecomunicações do país nada igual, mesmo tendo sido a Rede Globo a principal responsável por muitos processos institucionais e pela campanha massiva contra o PT e os governos Lula e Dilma, por isso mesmo, compreende-se que a emissora foi a promotora do Impeachment do Governo Dilma – hoje comprovadamente afastada sem culpa – e, na sequência, pela prisão de Lula, para eleger Bolsonaro e impedir a eleição do ex-presidente.
Liberdade de imprensa
A liberdade de imprensa desempenha um papel de extrema importância no Estado Democrático de Direito, tendo em vista que ela aumenta o acesso à informação e propicia o debate e a troca de conhecimento entre as pessoas. Sem liberdade de imprensa, não teremos também a liberdade de expressão. Sem a liberdade de expressão e liberdade de imprensa, jamais ficaríamos sabendo que o presidente Bolsonaro gasta 500 mil por mês no cartão corporativo e seu filho Eduardo usou dinheiro público para fazer sua tão sonhada lua de mel. Além de continuar exigindo uma explicação do Queiroz que montou uma organização criminosa para lavar dinheiro público, segundo o ‘MP do Rio de Janeiro’.
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