Como seria o “suposto” governo desses dois ditadores:
1º As lideranças das organizações da classe trabalhadora que se manifestarem contrárias ao regime serão duramente reprimidas, como são os soldados insubordinados. Os que defendem um “golpe militar” no Brasil já classificam os sindicatos, partidos de esquerda e movimentos populares (ou qualquer tipo de oposição que comprometa seu comando) como “organizações terroristas”.
Portanto, os sindicatos seriam totalmente controlados por direções indicadas diretamente pelos militares, os chamados “pelegos” ou “calças curta”, os que fugirem do controle seriam extintos, as lideranças presas, torturadas, ou assassinadas. Os políticos, partidos e demais organizações de direita e patronal seriam incorporados como “braço civil” de apoio à ditadura militar. Atualmente, a alta cúpula das forças armadas é escolhida a dedo pelos políticos e partidos da burguesia industrial, bancária, comerciária e latifundiária.
O governo e o regime seriam como um espelho ao funcionamento que já existe atualmente nos quartéis, só que em escala nacional.
Tudo isso pra quê? Para implementar, pela força bruta, os ataques à classe trabalhadora e manter as taxas de lucro para o capital financeiro (via principalmente pagamento da dívida pública) diante da crise econômica internacional do capitalismo.
Não existe desacordo na alta cúpula dos militares em relação aos cortes na saúde e educação, os ataques à CLT, a previdência e assistência social. Essa cúpula já vinha acompanhando as medidas de austeridade de Dilma Roussef e nada fazia, tanto é que permaneceu a mesma depois do golpe. Esses generais são todos inimigos dos trabalhadores.
O alto comando das forças armadas também observou calado o espetacular golpe institucional que derrubou Dilma Roussef. Apoiou Temer e inclusive foi beneficiado recentemente com o restabelecimento da autonomia sobre medidas administrativas e financeiras.
Veja a fala do bolsonaro:
https://www.youtube.com/watch?v=-fMdCwlwg8E