Não é só um impacto ambiental, é um CRIME! Com mais de 300 mortos isto é um homicídio socioambiental com intencionalidade, crime previsto em lei, cujos responsáveis que deveriam responder, judicialmente, pelo empreendimento são o presidente da empresa Vale do Rio Doce e sua equipe de administradores, que tiveram o poder decidiram pela escolha desta tecnologia obsoleta, como uma arma de guerra sem controle.
Os/as trabalhadores/as, animais e vegetais estão soterrados, mortos, pela lama da mineração (seja ela tóxica ou não), sem identificação ou resgate. Exigimos a quantificação das vítimas, o resgate e atendimento adequado às vítimas e familiares, com a reconstrução de seus bens atingidos pela tragédia da mineração, a recuperação das áreas degradadas. Queremos a implantação de planos emergenciais eficazes. Devemos estar atentos para os riscos de uma política pública que quer flexibilizar as leis ambientais e passar para o município o licenciamento ambiental para os empreendedores. Somos contra, pois isso certamente agrará ainda mais essa situação.
Exigimos a penalização dos criminosos da tecnocracia ambiental conivente com falsos laudos de regularidade ambiental, o fechamento e desativação de todas as barragens à montante, a implantação de sistema de vigilância ambiental em todas as áreas de atividade de mineração, com planos de emergência de riscos e a suspensão do licenciamento ambiental da Vale. Chega de homicídios e cemitérios ambientais.
A classe trabalhadora e sociedade clama que os economistas da atividade minerária e tecnocratas com pseudo laudos socioambientais coloquem fim aos velórios de crimes ambientais. Mais uma vez trabalhadores/as brasileiros/as, agricultores/as, ribeirinhos, pobres são assassinados/as pela ganância dos capitalistas. Os sobreviventes choram seus mortos sem direito sequer de terem os corpos dos mesmos para o velório!!
Jornal A Voz de Araxá – Jornal do Povo!