Um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) foi encontrado morto com sinais de espancamento na manhã da última segunda-feira (19) no bairro Quintino, em Divinópolis (MG). Policiais que atenderam a ocorrência acreditam que o animal foi assassinado a pauladas. O responsável pelo crime ambiental não foi identificado.
Junto ao cadáver do animal, que apresentava diversas lesões principalmente na área da cabeça, também foi encontrado um pedaço de madeira. O crime teria ocorrido por volta das 6h, segundo moradores do local, mas ninguém denunciou o autor dos maus-tratos. A espécie é nativa e não representa uma ameaça para os seres humanos.
O crime chamou a atenção de internautas, que criticaram a crueldade do episódio e condenaram a maldade humana. “Primeiro vem cortam as arvores matam os rios peixes tudo ai não ficam satisfeitos matam os animais”, afirmou um leitor do portal G1.
Crime
No Brasil, crimes contra animais estão previstos na lei 9.605 de 1998. Uma vez acusado, o responsável pode ser punido com multa e até um ano de detenção. No entanto, em uma entrevista à Agência de Notícias de Direitos Animais, o advogado criminalista e consultor da ANDA Sérgio Tarcha explica que existe um novo projeto que torna a pena de crimes de maus-tratos mais rigorosa.
Segundo Tarcha, apesar de trazer avanços, crimes contra animais ainda não são vistos com gravidade pela Justiça. “A pena, hoje, é de 3 meses a 1 ano de detenção, ou seja, é nada. A lei que regula a matéria é a lei de crimes ambientais, 9.605/98, a nova lei, 11.210/18, que já foi aprovada pelo senado eleva para 1 a 4 anos de detenção, mais a multa. Ainda continua muito branda a legislação, em outros países é muito mais severo”, disse.