Em tempos de diminuição de arrecadação cortar na própria carne pode ser uma das saídas para reduzir os efeitos da queda nas receitas. Para enfrentar essas dificuldades uma das medidas foi reduzir o excesso de diárias concedidas aos servidores públicos de Minas Gerais.
A redução, em 2015, – apesar de ter desembolsado R$ 40,9 milhões – foi de 18% em comparação ao ano anterior, ou menos quase R$ 10 milhões – de um total de R$ 50, 6 milhões em 2014 – em gastos apenas com diárias. Esses números foram alcançados sem mágica e sem invenções, bastando apenas fazer o óbvio: gestão efetiva do uso da diária.
De acordo com Dagmar Dutra, sub-secretária do Centro de Serviços Compartilhados da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), bastou evitar que a concessão da diária significasse um mecanismo de remuneração, além da exigência de uma rigorosa prestação de contas e comprovação de necessidade.
“Ainda temos um mecanismo de bloqueio para que uma pessoa não receba diária diferente do valor que lhe cabe, ou reduzir a viagem e não devolver o dinheiro”, acrescenta, conforme o jornal Hoje em Dia.
Entre todos os órgãos do Estado quem mais gasta é a secretaria de Estado da Educação, apesar de ter, também, diminuído o montante entre o que foi gasto em 2014 e 2015. Foram R$ 15,7 milhões no ano retrasado e R$ 13,2 milhões no ano passado.
A situação hoje é, ou conserta, ou quebra e aí quem paga a conta é o contribuinte. O fato é que a crise financeira nacional, que afeta os estados, faz com que o governo mineiro projete um déficit de R$ 9 bilhões para 2016, depois de fechar 2015 no vermelho.
“Se posso resolver uma questão por videoconferencia, não autorizaremos a viagem. Diária que é necessária, não cortamos nenhuma. O que fizemos foi racionalizar os gastos e essa ideia será aplicada neste ano”, ressalta a sub-secretária.
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