As mulheres (80%) e os moradores da Região Sudeste (76%) são os grupos que mais rejeitam a autorização. Uma pesquisa Ibope mostra que flexibilizações nas regras de posse e porte de armas no Brasil, objeto de três decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro, são rejeitadas pela maioria da população. Segundo o levantamento, antecipado pelo colunista Lauro Jardim, 61% dos entrevistados são contrários à facilitação dos critérios para possuir arma de fogo dentro de casa ou no trabalho. Já a autorização para que cidadãos comuns carreguem armamentos consigo nas ruas é desaprovada por 73%, de acordo com o Ibope. A rejeição é maior entre as mulheres.
De acordo como levantamento, apenas 37% dos entrevistados se disseram favoráveis à flexibilização da posse de arma de fogo. Em janeiro, Bolsonaro assinou um decreto neste sentido, uma de suas promessas de campanha. O texto retirou da Polícia Federal a decisão sobre a necessidade da arma: basta a declaração do cidadão. Ainda é necessário termais de 25 anos, apresentar atestados de aptidão técnica, laudo psicológico e não ter antecedentes criminais.
A pesquisa do Ibope mostrou que o afrouxamento das regras só é apoiado, em maioria, entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (53%). Na região Sul, a mais favorável à medida, há empate técnico: 48% se disseram a favor, enquanto 51% afirmaram ser contrários às novas regras.