O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Prefeitura de Araxá, representada pela Secretaria Municipal de Saúde e Procuradoria Geral do Município, realizaram coletiva de imprensa para esclarecer sobre a situação do Hospital Casa do Caminho nesta sexta-feira (16).
A Justiça de Minas Gerais determinou a intervenção da Associação Obras Assistenciais Casa do Caminho, mantenedora do Hospital Casa do Caminho, e o afastamento imediato de toda sua diretoria nesta quinta-feira (15). A decisão judicial tem como objetivo garantir o funcionamento dos serviços públicos de saúde prestados à população. Atualmente, o Hospital Casa do Caminho atende 50% dos atendimentos de leitos clínicos no Município, 30% de leitos de Unidade de terapia Intensiva (UTI), 40% de leitos cirúrgicos e 100% de leitos de longa permanência da microrregião. No início desta semana, a Associação Obras Assistenciais Casa do Caminho emitiu comunicado informando o fechamento do hospital a partir de 30 de dezembro. A promotora de Justiça, Mara Lúcia Silva Dourado, explica que indícios de irregularidades na prestação de contas da instituição e o risco de paralisação das atividades do hospital motivaram a ação. “Isso preocupou muito, uma vez que o fechamento do hospital causaria um prejuízo imenso à saúde não só de Araxá como também das cidades da região que dependem do serviço, bem como também sobrecarregaria a rede de Saúde em Uberaba, que é sede da microrregião”, destaca a promotora. Visando garantir a assistência em saúde, a Justiça de Minas Gerais acatou a indicação do MPMG para que uma interventora, a servidora pública de carreira, Carla Fernanda Ribeiro Borges, assuma a administração da entidade e gestão do Hospital Casa do Caminho. A intervenção segue pelo prazo de seis meses, sendo prorrogável pelo mesmo período, até que solucione os problemas financeiros e administrativos da instituição. A promotora também esclareceu a inviabilidade de municipalizar o hospital neste momento. “Isso demanda muito estudo, uma vez que a Administração Pública tem várias regras para seguir antes de uma tratativa de tamanha complexidade. E não havia tempo para analisar toda essa complexidade até o dia 30 de dezembro, quando o hospital prometeu fechar as portas. Por isso a interventora foi nomeada para garantir a assistência ao cidadão”. Conforme o procurador geral do Município, Jonathan Renaud de Oliveira Ferreira, a interventora terá o papel de realizar um diagnóstico da atual situação do Hospital Casa do Caminho, possibilitando ao Município avaliar todas as possibilidades para que ele continue funcionando. “O Município sempre esteve à disposição para ajudar na manutenção das atividades e cooperando com o seu funcionamento. Hoje a principal preocupação é a apresentação da prestação de contas que não foi feita para que seja realizado o repasse de recursos públicos que garantem a manutenção do hospital”, explica o procurador. A secretária Municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, diz que as soluções paliativas apresentadas são de grande importância para a continuidade à manutenção das atividades da entidade e, consequentemente, à prestação de serviços de saúde para a população de toda a microrregião. A expectativa é que seja apresentado um balanço das ações promovidas pela Intervenção dentro do prazo de 90 dias.Assessoria de Comunicação
Facebook Notice for EU!
You need to login to view and post FB Comments!