POLÍTICA DE REPRESSÃO AO TRÁFICO SÓ VALE PARA POBRE
A prisão do sargento da Aeronáutica que integrava a comitiva presidencial de Bolsonaro, com 39 quilos de cocaína, no aeroporto de Sevilha na Espanha, expõe toda a hipocrisia da chamada “guerra às drogas” praticada exclusivamente contra a população jovem e preta das periferias.
O militar foi detido nesta terça-feira quando o avião em que viajava, da FAB (Força Aérea Brasileira) fez escala na Espanha com destino final ao Japão. O avião acompanharia a viagem oficial do presidente Bolsonaro ao Japão para a reunião do G20. Após a prisão, Bolsonaro, que vinha logo em seguida, alterou sua rota e pousou em Lisboa. A droga teria sido encontrada na bagagem de mão do militar detido. Segundo o próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, o sargento traficante voltaria da viagem no mesmo avião que Bolsonaro.
REPRESSÃO AOS FAVELADOS E ENCARCERAMENTO EM MASSA
No Brasil, a repressão ao tráfico é desculpa para reprimir pobre nos morros, pés de chinelo, esculachar a população, matar e o encarceramento em massa. O país tem a terceira maior população carcerária do mundo, com mais de 726 mil presos, segundo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). Quase metade sem ter sido julgada nem mesmo na primeira instância. Mais da metade desses presos são jovens de 18 a 29 anos, e 64% negros.
LEGALIZAR A MATANÇA DOS PRETOS
Situação que o governo Bolsonaro quer aprofundar com, por exemplo, o pacote “anticrime” de Sérgio Moro, que libera a polícia para matar sem qualquer chance de punição. Ou a própria política armamentista de Bolsonaro, cujo objetivo é o de armar a classe média e os milicianos.
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