Parece que o PSDB tem teto de vidro em relação aos recentes escândalos de desvio de dinheiro da Petrobrás. E este teto acabou se ser estilhaçado pela nova denuncia do ex-direto da estatal, Paulo Roberto Costa, que afirmou ao Ministério Público Federal ter pago propina para ao ex-presidente Nacional do PSDB, Senador Sérgio Guerra (falecido em março de 2014), para que o mesmo ajudasse a esvaziar a CPI da Petrobrás em 2009.
Segundo Costa, o presidente do partido tucano teria pedido 10 milhões de reais para enterrar a CPI da Petrobrás, em 2009. O valor teria sido pago através de uma construtora e usado como caixa dois na campanha do PSDB, partido de Aécio Neves, Serra e Alckmin.
A CPI de 2009 teve curta existência, e terminou sem que ninguém fosse punido. O PSDB, que fazia parte da comissão, abandonou-a depois de quatro meses, alegando “impossibilidade de se realizar investigações sérias devido a maioria governista na comissão”. Mas, segundo a denúncia de Costa, o real motivo do esvaziamento teria siro outro: proteger os interesses das empreiteiras envolvidas no caso. Por sinal, grandes financiadoras de campanhas, não apenas de candidatos do PT, mas também do PSDB.
Parece que a corrupção na Petrobrás é mais extensa do que se imaginava, e não beneficiava apenas políticos ligados ao governo, mas também os grandes partidos que se dizem de “oposição”. Diante das novas revelações, o falso moralismo e o denuncismo seletivo da campanha de Aécio (PSDB), cai por terra.
Diante dessa situação, nós do PSOL continuaremos lutando para que a Petrobrás volte a ser 100% estatal, exigindo a apuração de todas as denúncias e a punição de todos os culpados por desvios de recursos da empresa. É urgente também aumentar a mobilização em favor de uma ampla reforma política no país, de modo a acabar de vez com o financiamento privado das campanhas eleitoras, a principal fonte da corrupção na política.
#MandatoIvanValente