A Prefeitura de Araxá, por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Mobilidade Urbana, já iniciou os estudos para viabilizar os projetos de construção dos viadutos da rua Uberaba e da av. Amazonas, assim como da canalização do Córrego Grande entre a av. Rosalvo Santos e a BR-262 . As obras estão na lista de ações e projetos que serão efetuados pela Administração Municipal, gestão 2017 / 2020.
O secretário Sebastião Donizete de Souza afirma que os estudos estão sendo efetuados, prioritariamente, nos locais onde serão construídos os viadutos na rua Uberaba, passando por cima da avenida João Paulo II, e na confluência das avenidas Amazonas, Vereador João Sena e João Paulo II.
“Os nossos estudos estão avançados para o viaduto da rua Uberaba. Nós temos um projeto básico definido e estamos já fazendo a sondagem do local, pois uma parte da avenida João Paulo II foi interditada por alguns dias. Esses serviços de sondagem vão direcionar e dar os parâmetros para poder fazer o projeto executivo que é a definição das fundações e do corpo da estrutura como um todo para que possa efetivamente contratar a obra”, comenta o secretário.
Donizete acrescenta que os estudos, a princípio, não apontam para a necessidade de desapropriação no viaduto da rua Uberaba. “Nesse primeiro momento fizemos o projeto base sem a necessidade de desapropriação. É claro que esse estudo se refere a um viaduto, um pouco mais, limitado, mas a gente espera conseguir implantá-lo sem desapropriação”, completa.
Paralelamente, a Secretaria de Obras Públicas e Mobilidade Urbana também iniciou os estudos para a construção de viaduto que começa na avenida Vereador João Sena e termina na avenida Amazonas passando por cima da avenida João Paulo II. “Fizemos nesses dias a sondagem de subsolo da região que vai ser implantado o viaduto da avenida Amazonas com a vereador João Sena. Nesse caso, temos um viaduto de uma estrutura maior, mais extenso e, por isso será necessário fazer desapropriações. Inicialmente, trabalhamos com a hipótese de desapropriar, em torno, de 22 propriedades. Isso não está fechado ainda porque temos que desenvolver o projeto executivo”, destaca o secretário Donizete.
O secretário pondera que já está definido o tamanho e a extensão de onde o viaduto começa e termina em cada ponto proposto pela Administração Municipal. “Ele tem que passar sobre a avenida atendendo as normas de segurança e engenharia que exige uma altura mínima, um gabarito de 5 metros e meio para permitir a passagem de veículos. É o mesmo gabarito que é utilizado nas rodovias. Isso já está contemplado no projeto básico e estamos agora fazendo o plano executivo”, reitera Donizete.
Canalização do Córrego Grande
A canalização do Córrego Grande também está passando por fase de estudos para elaborar o projeto executivo que terá início no bairro Bom Jesus passando pelos bairros Leblon, Francisco Duarte, São Francisco, Ana Pinto de Almeida, Santa Maria e Max Neumann, continuando até a rodovia BR-262. A canalização do córrego solucionará o problema de enchentes e permitirá a construção de uma avenida ligando a BR 262 até a rodovia.
Segundo o secretário de Obras Públicas e Mobilidade Urbana Sebastião Donizete de Souza, o projeto é de longo prazo e tem um impacto ambiental muito grande. “O primeiro estudo feito foi de macrodrenagem envolvendo toda a Bacia de Araxá. Praticamente 100% da água que cai e escoa pela cidade de Araxá se direciona ao Córrego Grande. Foi feito esse estudo de macrodrenagem que permitiu definir a cessão que nós precisamos para o canal para levá-lo da av. Rosalvo Santos até chegar na BR-262”, comenta.
Donizete explica que a fase de estudos da canalização do Córrego Grande encaminha para a definição do traçado do canal e das vias laterais (avenidas) que vão acompanhar esse canal. “Esse trabalho exige, em um primeiro momento, um levantamento topográfico de toda a região. Temos ali cerca de 4 quilômetros. Esse trabalho iniciou a cerca de uma semana. O pessoal já está a campo fazendo o levantamento e isso vai definir a geometria, o perfil desse trecho. Nós vamos ali, em função desse levantamento, definir o traçado do canal e, paralelo também, trabalhamos agora a parte ambiental”, detalha o secretário.
O secretário informa que o processo de licenciamento ambiental é muito complexo em virtude de a intervenção ser feita em um leito de um córrego e pelas consequências que pode ocorrer por ser uma área bastante habitada. “Nós temos que ter bastante cuidado com relação aos moradores ao longo do canal. Definiremos o traçado com algumas retificações de trechos muito sinuosos principalmente na região próxima da BR-262 (imediações da Ete), trecho que não é habitado, nos permite trabalhar um pouco mais na retificação do trecho”.
Feito todo esse processo, Sebastião Donizete acrescenta que o próximo passo futuramente será trabalhar na definição da avenida que vai acompanhar o canal e também na infraestrutura urbana. “Aquilo que temos que fazer em termos de praça e de arborização, os impactos para quem mora às margens desse córrego. Tudo isso vai constar do projeto em uma segunda etapa”, acrescenta.
Donizete pontua que o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA) participa da fase de estudos. “O IPDSA é peça importante e tem nos ajudado na definição, no processo de licenciamento ambiental. Temos que dar entrada no chamado formulário de caracterização do empreendimento. Com base nesse formulário apresentado à Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, ela nos remete um formulário de orientação básica que vai definir como será o licenciamento. É um processo demorado, mas que a gente está tendo o cuidado de envolver a fauna e a flora do local onde será canalizado o córrego”, esclarece o secretário.