Com acordo entre o governo Bolsonaro, Rodrigo Maia e os políticos vendidos da Câmara dos Deputados, foi aprovada, em primeiro turno, a reforma da Previdência na quarta (10/07).
Além de nos fazerem trabalhar até morrer, o projeto aprovado, que havia sido modificado pela comissão especial, continua garantindo aos militares das Forças Armadas o salário que recebiam no fim de carreira; juízes e promotores também terão garantidos seus vencimentos atuais; políticos também têm a chance de tramitação de uma regra mais leve “para não perder direitos”. Em outras palavras, fica evidente que a reforma justa, como as alas do governo – que para a aprovação desta apaziguam suas disputas – faz questão de propagandear aos quatro ventos, não tem nada de justa.
Mesmo com a baixa porcentagem de aprovação da reforma na população, ainda há questões que são de desconhecimento geral e que precisam ficar evidentes. No texto desta reforma – precisamente no art. 28, parágrafo 3º (colocada abaixo) – pessoas com deficiência (PcD) como autismo, esquizofrenia, síndrome de Down e outros transtornos, em grau moderado e médio, deixarão de receber a pensão previdenciária, caso os pais venham a falecer, como colocado aqui.
Já no mês passado o senado já havia aprovado uma MP que endurece as medidas do chamado “pente-fino” no INSS, que na realidade é um grande ataque, pois retira de direitos de pessoas doentes, a partir do decreto de Bolsonaro. Assim, esse corte que já é absurdo por si só, fica ainda mais gritante, pois sabemos a dificuldade das pessoas que possuem limitações permanentes de se manterem com o mínimo de independência em um país que apresenta leis de letra morta, pois em muitas condições os PcD não conseguem nem o mínimo necessário para condições de subsistência. Se acrescentarmos o fato do alto número de desempregados no país e que a expectativa de geração de empregos cai, um corte como esse, enquanto privilegia ainda mais os ricos, é como dar um atestado de morte a estas pessoas.
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