Prova foi a principal atração do segundo dia de competição no Grande Hotel Termas de Araxá. Logo pela manhã, Patrícia Loureiro e Rubens Donizete venceram a disputa de E-Bike
O sábado (25) foi repleto de emoções no Grande Hotel Termas de Araxá, durante o segundo dia de atividades na Copa Internacional Michelin de Mountain Bike. Na principal disputa, das super elites no Short Track (XCC), Raiza Goulão e Henrique Avancini levaram a melhor, garantindo a vitória e os pontos nos rankings UCI. Mais cedo, na prova das E-Bike, Patrícia Loureiro e Rubens Donizete foram os campeões. O dia ainda teve a realização da Copa Sense CIMTB Maratona, quando centenas de ciclistas percorreram, de uma a quatro voltas, o percurso de 14,5 km no entorno do Barreiro.
A disputa entre os homens no short track, com a pista reduzida de 1,2 km, foi a que mais pegou fogo. O vencedor só foi conhecido nos metros finais, após momentos de muita intensidade entre os principais favoritos. Melhor para Avancini, que venceu em 21min56seg após 9 voltas completadas, seguido de perto por José Gabriel Marques e Guilherme Muller. O pódio teve ainda Luiz Cocuzzi e Jhonnatan Botero (COL), em quarto e quinto lugares, respectivamente.
“Prova rápida e agressiva. Até metade da corrida tentei ir subindo o ritmo gradualmente, com ataques para minar todo mundo, mas óbvio que joguei energia fora também. Abri a última volta com pequena vantagem, junto com Cocuzzi. Percebi que, ao longo das voltas, o Cocuzzi reagia muito bem aos meus ataques. Achei que seria melhor diminuir o ritmo e deixar o José Gabriel e o Guilherme chegarem junto conosco”, avaliou Avancini.
“Na volta final, o Guilherme lançou ataque, fui atrás e o Cocuzzi tentou emparelhar. Numa curva, ele forçou bastante nas grades e arrastou elas. Tomou a ponta, mantive-me próximo e após os três saltos lancei ataque. Ele tentou me ultrapassar antes da ponte e ele acabou perdendo a frente ao esbarrar comigo. Assim, cruzei a linha de chegada com certa tranquilidade, sem precisar decidir no sprint final. Prova nervosa, talvez mais do que deveria”, finalizou o campeão do dia.
Com a disputa intensa entre Avancini e Cocuzzi nos últimos metros, quem se beneficiou foi José Gabriel, que terminou em segundo lugar. “Almejava brigar mais ativamente pela vitória, mas sabemos como é correr em Araxá. O Avancini correu como ele faz na Europa e avalio que eu soube ler bem isso. Deixei que ele controlasse, mas sem que eu perdesse a conexão com o pelotão. O Cocuzzi também estava forte e, ciente da rivalidade deles, preferi ficar de fora assistindo. Não queria me envolver em um possível acidente, porque o principal será neste domingo (26), o XCO. Na última volta eles se encostaram bastante e confiei que um erro viria de um dos dois. E foi o que aconteceu. Foi legal ser vice-campeão, porque fiz uma leitura inteligente da prova”, destacou José Gabriel.
Super Elite Masculina (9 voltas)
1. Henrique Avancini – 21:56.671
2. José Gabriel Marques – 21:59.249
3. Guilherme Muller – 22:01.558
4. Luiz Henrique Cocuzzi – 22:07.439
5. Jhonnatan Botero (COL) – 22:14.379
6. Mário Couto – 22:20.481
7. Nicolas Machado – 22:29.475
8. Ulan Bastos – 22:41.557
9. Jerónimo Bedoya – 22:44.329
10. Kennedi Sampaio – 22:48.040
( Henrique Avancini vibra com triunfo (Crédito Cesar DelongCIMTB Michelin)
Super Elite Feminina
Entre as mulheres, a vitória também foi decidida em pequenos detalhes. As ciclistas Raiza Goulão e Hercília Najara foram as principais protagonistas do dia na disputa. Poucos minutos antes do fim, Raiza conseguiu ultrapassar uma retardatária, antes de um estreitamento da pista. Hercília acabou ficando atrás da ciclista que acabaria sendo cortada, porém perdendo importantes segundos na disputa pela vitória. Ao fim das 8 voltas, Raiza venceu com o tempo de 23min19, cerca de 15 segundos à frente de Hercília. Isabella Lacerda, Giuliana Morgen e Maria Trinidad Camus (CHI) completaram o top 5.
“O short track é uma prova que você vai no limite. Meu objetivo foi estudar as concorrentes. Na parte técnica consegui ganhar mais velocidade e abri um pequeno gap (vantagem) onde eu tive que manter e me forçou a subir o ritmo um pouco. Estou muito feliz. A gente tem que estar preparado para tudo antes de entrar na prova. Foi muito bom para poder esquentar o coração e ver que o corpo está respondendo bem. Voltar a Araxá com esse público é incrível. Foi um aquecimento. Amanhã que o ‘bicho pega’”, avaliou Raiza.
Principal concorrente de Raiza pela vitória neste sábado, Hercília também fez sua avaliação da disputa. “Fiz um desenho tático da prova. O XCC é sempre muito estratégico e de muita inteligência. Você não pode errar, tem que ficar atento o tempo todo. Algumas voltas eu puxei para sentir o ritmo das meninas e outras eu controlei. Quando a Raíza me passou eu fui na roda e infelizmente uma atleta que a gente deu volta, ficou entre nós duas, no pior local possível da pista. Então o XCC é isso, se você erra você acaba tomando um gap que é significativo e gasta muita energia para tirar. Infelizmente hoje não foi possível”, disse Hercília.
Super Elite Feminina
1. Raíza Goulão (8 voltas) – 23:19.196
2. Hercilia Najara (8 voltas) – 23:34.898
3. Isabella Lacerda (8 voltas) – 23:54.645
4. Giuliana Morgen (8 voltas) – 24:36.280
5. Maria Trinidad Camus (8 voltas) – 24:47.361
6. Liege da Silva (7 voltas) – 22:26.762
7. Stefanye Lindolfo (6 voltas) – 19:36.794
8. Paula Gallan (6 voltas) – 19:37.819
9. Sabrina Oliveira (5 voltas) – 16:44.280
10. Karen Olimpio (5 voltas) – 16:53.173
Raiza celebra vitória no XCC (Cesar DelongCIMTB Michelin)
Henrique Avancini vibra com triunfo (Crédito Cesar DelongCIMTB Michelin)
Pódio XCC Fem – Jubinsk
História da CIMTB Michelin
A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional, com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo Mercedes-Benz de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1996, primeiro ano do MTB em Olimpíadas.
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