Há 24 anos, recebendo salário bruto de R$ 26 mil como deputado federal, Jair Messias Bolsonaro do Partido Progressista eleito pelo Rio de Janeiro e militar da reserva, sempre se destacou na mídia nacional pelas suas declarações homofóbicas, machistas e até mesmo fascistas, do que suas proposições legislativas. Não se tem notícias de leis propostas pelo Deputado que sejam relevantes para a população Brasileira, seu comportamento violento contra outros parlamentares e até mesmo com movimentos sociais, inclusive criando conteúdos difamatórios na internet, já ensejaram diversas representações de partidos políticos no Conselho de Ética pedindo a cassação de seu mandato, por não respeitar os dispostos do regimento interno da Câmara sobre Decoro Parlamentar que disciplina o comportamento dos parlamentares em sua atuação política.
“CAPÍTULO II
Dos Deveres Fundamentais, dos Atos Incompatíveis e dos Atos Atentatórios ao Decoro Parlamentar
Art. 3º São deveres fundamentais do Deputado:
(…)
VII – tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento;
Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste código:
(…)
II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;
III – praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes;” – Regimento Interno da Câmara dos Deputados
Em 2002, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, após o então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso pedir publicamente a aprovação do casamento civil igualitário e ser fotografado segurando uma bandeira do Movimento LGBT, Bolsonaro fez o seguinte comentário:
“Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.”
Mesmo que a frase tenha sido dita 12 anos atrás, ela reflete a atual posição do deputado em relação a população LGBT e os seus direitos.
Para o deputado crianças deveriam apanhar de seus pais para não serem gays, ter filho gay não é motivo de orgulho para os pais e distribuir materiais contra a homofobia nas escolas estaria incentivando jovens a serem homossexuais e pedófilos.
Em documentário sobre homofobia, Bolsonaro disse que os brasileiros não gostam dos homossexuais, o documentarista inglês Stephen Fry afirmou “foi um dos mais estranhos e sinistros encontros que teve na vida.” “Bolsonaro é o típico homofóbico que eu encontrei pelo mundo, com seu mantra de que os gays querem dominar a sociedade, recrutar crianças ou abusar delas. Mesmo num país progressista como o Brasil, suas mentiras criam histeria entre os ignorantes, dos quais a violência pode surgir.”
Essas são algumas de várias posições preconceituosas expressadas publicamente pelo Deputado Bolsonaro.
Titular na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Bolsonaro foi um dos protagonistas na defesa da nomeação do Dep. Pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão, e esteve sempre afrontando os movimentos sociais que iam até a Comissão protestar contra a nomeação do pastor também homofóbico e machista.
No vídeo abaixo, podemos observar que o Deputado xinga manifestantes com ofensas homofóbicas, confusão que iniciou após exibir um cartaz escrito “Queimar rosca todo dia!”: