É incrível como, em tão poucos dias desse governo ilegítimo, já estamos observando um retrocesso enorme nas conquistas sociais.
Mais uma ação contrária às conquistas adquiridas durante os governos Lula e Dilma é anunciada pelo governo provisório. O ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo, do PSDB, revogou duas portarias que pela quais o Governo Dilma autorizou a construção de 35.606 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida (MCMV), antes de ser afastada.
A medida atinge moradias de 104 municípios de 20 estados do País. Em Pernambuco, 836 construções foram canceladas nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina e Lagoa do Ouro.
O ministro das Cidades revogou a portaria nº 178 que estabelecia uma série de critérios específicos para construção de habitação urbana e rural por intermédio de movimentos populares que já participavam desses empreendimentos, em todo o Brasil. A segunda portaria revogada pelo ministro tucano Bruno Araújo, a de nº 180, tratava da divulgação da lista de municípios e Estados beneficiados com unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida.
“É incrível como, em tão poucos dias desse governo ilegítimo, já estamos observando um retrocesso enorme nas conquistas sociais. Nesses últimos 13 anos, realizamos o sonho de mais de 10 milhões de pessoas com a casa própria e agora, com apenas uma canetada, mais de 35 mil famílias brasileiras foram prejudicadas”, afirmou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa.
Desde 2003, o Minha Casa Minha Vida já entregou mais de 2,6 milhões de moradias em todo o país, beneficiando 10,5 milhões de pessoas carentes. O Ministério das Cidades já investiu em obras de habitação, saneamento e mobilidade urbana mais de R$ 564,33 bilhões. Em Pernambuco, o investimento do MCMV foi de R$ 8,714 bilhões, entregando a casa própria para mais de 79.340 famílias. Se a ação de cancelamento de construção de unidades do MCMV continuar em curso, os pernambucanos perderão mais de 145 mil moradias que já estavam contratadas.